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O santa-mariense Carlos Leandro Escobar da Silva era filho de Elohy Solferino da Silva e Odete Maria Escobar da Silva, irmão de Paulo Afonso Escobar da Silva e Maristane da Silva Soares. Lê, como era chamado carinhosamente, cresceu cercado pela simplicidade.
Na infância, era muito apegado à mãe, algo que nunca mudou. Na adolescência, gostava de estar rodeado pelos amigos, participar e organizar saraus dançantes. Inclusive, foi em um evento como este, que conheceu a companheira de vida, a assistente social, Angela Souza, 45 anos. Desta união, vieram os filhos Lucas, Henrique, Bruno, Leandra e Luandra. As netas Tainá e Melina, e o neto Lucas Miguel completavam a alegria do idoso.
_ Nos conhecemos na esquina da casa dele. Eu estava no ônibus, na minha rota de casa para o trabalho. Carlos ficava lá com um amigo nosso, a quem ele passou a perguntar quem eu era. Às vezes, ele entrava no ônibus para me dar um oi e logo descia, de tão tímido que era. Passados alguns meses, Carlos bateu na minha porta e me convidou para ir na boate. Desde este convite, já se passaram mais de 25 anos _ comenta Angela, emocionada.
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Carlos Leandro era marmorista e amava a profissão. Moldar pedras como granitos e mármores para transformá-las em pias, bancadas e tudo que a mente pudesse imaginar era uma das sua maiores satisfações, depois de cuidar da família.
Fã de futebol, Carlos era torcedor do Grêmio e do 14 de julho, time da região sul da Santa Maria. Mas, para ele, não basta apenas torcer. A paixão pelo esporte era tanta que Carlos resolveu se tornar treinador amador e auxiliar a categoria 55 do Charrua, time do Bairro Urlândia. Foi neste lugar que Carlos viveu os momentos simples da vida: assistir às novelas e filmes de ficção ao lado, especialmente, de Frida, a gatinha da casa.
Ao logo dos anos, o santa-mariense se tornou exemplo de vida e dignidade, ao ensinar que é preciso sempre cumprir o combinado para gerar confiança e manter a boa convivência. Para a família, ele só deixou lembranças boas. Para os amigos, fica a saudade das agitações. Para o mundo, fica a certeza de que todas as pessoas podem ser inspiradoras.
Carlos Leandro Escobar da Silva morreu em 16 de janeiro de 2021, devido a um Acidente vascular cerebral (AVC). O marmorista aposentado foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal.